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segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

ENTÃO O SININHO TOCA...



            Na adolescência me encantei com a História dos Povos Antigos; lia, cada vez mais encantado, tudo que sobre o assunto me caía nas mãos. Não demorou, verifiquei que dentre esses povos são raros os que não guardam na sua tradição uma catástrofe pluvial de proporções gigantescas – a mesma que, egoisticamente apropriada pelos hebreus como exclusividade do povo de Abrahão, passou a se chamar Dilúvio. Por coincidência, todas as narrativas, falam de um construtor naval, de um navio descomunal, de gentes e bichos que nele se refugiaram e se salvaram, e da extinção da vida humana e animal no mundo.
 Não vou me deter sobre o tema; quem se interessar que investigue, pois sobram referências documentais, até gravações em pedra, que narram esse tenebroso destempero pluvial na Antiguidade, em diversas latitudes e regiões. Curiosamente, todos esses eventos são anteriores à época de Noé, o armador judeu. 
O assunto diz com uma estranha ligação entre a maioria das religiões, com tantos pontos de convergência que parecem ser uma irmã da outra. É claro que, dada a minha formação, me faltam elementos e autoridade para estabelecer uma certeza, mas um sininho bate na minha cabeça; e ainda não encontrei quem, a poder de argumentos sérios, lhe quietasse o badalo. Já não falo da pomba e do cordeiro que o Cristianismo adotou como símbolos e parecem herança religiosa do Egito Antigo. Também não me refiro à auréola de ouro dos santos católicos, a mesma que já há três mil anos a.C. figurava sobre a cabeça de Rama Chandra ou apenas Rama, uma das encarnações de Vishnu. Refiro-me a coisas muito mais inquietantes.
Desengane-se quem, numa avaliação superficial e rasteira me queira ver como inimigo do Catolicismo. Não sou, como, de resto, de qualquer religião. Não professo qualquer doutrina religiosa, mas não as combato; nem me permito tratá-las com desrespeito. As crenças das pessoas são sagradas. Não sou muçulmano, mas se entro num templo islâmico, faço-o debaixo das prescrições rituais porque ali é, mesmo para um não adepto, um local sagrado. Não freqüento as missas, mas quando preciso assisti-las, ajo como um católico devoto, inda que copiando tudo o que fazem os verdadeiros fiéis. É questão de civilidade; e de respeito às crenças. 
Portanto, fico à vontade para considerar o insólito paralelo entre Horus, o egípcio e Cristo, o judeu. Ô quê! Ficou doido? Similaridades entre Horus e Cristo? Ah, não! Você endoidou de vez! – dirão alguns. Você é discípulo do Demônio! – outros dirão. Herege! – alguém gritará. Anátema - outros gritarão. Podem
os rasteiros superficiais falar, ou gritar, o que quiserem; apesar deles consta que
   
     *Horus nasceu da Virgem Ísis; Cristo de Maria Virgem.
     *Horus foi considerado menino prodígio; Cristo também. 
     *Horus andou sobre as águas; também Cristo.
     *Horus foi batizado no rio; Cristo igualmente.    
     *Horus andava com doze discípulos; também eram doze os de Cristo.
     *Horus ressuscitou El Azar; Cristo ressuscitou Lázaro.
     *Horus foi traído por seu discípulo Tífon; Jesus pelo apóstolo Judas.
     *Horus foi condenado à crucifixão; Cristo também.
     *Horus foi chamado “Deus dos Egípcios”; Cristo de “Rei dos Judeus”.
     *Horus, morto na cruz, ressuscitou três dias depois; como Cristo.
     *Horus se dizia “o caminho, a verdade e a vida”; palavras de Cristo.

Coincidências? Não sei. Mas são coisas que fazem pensar. Principalmente porque a lenda de Horus, filho de Ísis, mulher de Osíris, já era velha cerca de 3.000 anos do nascimento de Cristo. Trem doido, isso. Certo estava quem se referiu àquilo que a “nossa vã filosofia” nem pode supor. Inquieta, né?

É onde eu te falo...

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