Páginas

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

DIFERENÇAS...



Em Cremona, ali pelos Séculos XVII/XVIII, fabricavam-se os violinos que levam o selo de uma família ilustre: Guarneri. Hoje um Guarnerius (nome latinizado) vale milhões.   
Pois viajava eu pelo Google à cata dessa ifamília de luthiers, quando tive a infelicidade de encarar um sujeito nada ilustre:  um tal Gianfrancesco Guarnieri. A semelhança dos sobrenomes deve ter sido a causa da náusea que me veio. Há anos detesto esse elemento. E conto a razão disso.

           Aconteceu faz tempo. Acabava de sair a primeira, talvez a segunda, edição da revista Marie Clair  (nem sei se ainda existe) que eu folheava à esmo num salão de cabeleireiro. Nem pude cortar o cabelo; tive uma crise de vômito. A causa disso foi, além do sentimento de repugnância, a indignação: era o elemento em questão afirmando que chorara copiosamente quando morreu Josef Stalin, o rato-de-esgoto do Kremlin !!! 
          O tal elemento, segundo a revista, era grande ator/diretor, além de poeta. Poeta... No meu tempo de ginásio conheci grandes artistas, inclusive poetas – que, enquanto se desoneravam, escreviam formosas trovas  nas portas das privadas:
                    Você que só caga fora,
                    Por que que não caga dentro?
                   Você tem a bunda torta
                   Ou o cu fora-de-centro?
            Ah, que primor!
            A ousadia de jogar pelas ondas de Hertz tão mimosa trova é nada comparada à do tal ator/diretor/poeta que, num assomo de ódio, resolveu insultar a Humanidade ao apregoar a sua tristeza pela morte de um suíno hidrófobo, a besta comunista que matou mais russos do que Hitler matou judeus  - fato que certas falanges fazem questão de não saber. E, no entanto, esse elemento chorou. Chorou, gente! Verteu cascatas de pranto convulsivo no auge de suspiroso orgasmo ideológico. Pra quem gosta, um prato feito...
Ainda estão por aí alguns filhotes da besta russa; uns arrastando os pés no rumo da cova, outros esperando a extrema unção com o caixão ao lado, outros enfedecendo o Planeta com seus focinhos arreganhados e suas tiradas simiescas. A sorte do mundo é que nenhum deles vai durar para sempre; vão todos pro sac... quero dizer, pra tumba, pra baixo da terra.
É... A terra tem consumido muita podridão, tadinha.

É onde eu te falo...

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Caso queira, faça contato direto por email: rubens2instancia@hotmail.com