Francisco I,
ecce
homo ! – eis o homem ! Não o homônimo
da Casa de Valois, que governou a França entre alianças fugidias e escaramuças com Henrique Barba-azul VIII, de
Tudor. Dom Bergoglio assume o governo do Vaticano, com direito a papamóvel e
sapatilhas vermelhas, dentre outras prerrogativas papais. Obrigado, Senhores
cardeais do conclave!
Obrigado,
por livrarem o Brasil do atoleiro merdejante que decorreria da eleição de um
papa brasileiro. Nada contra os cardeais cá da terra; principalmente contra Dom
Aviz, sujeito que, no dizer do mato, “tem café no bule e cabelo nas ventas”,
tanto que chamou Roma às falas quanto às mamparras nas respectivas instituições
financeiras – como anotei aqui no texto “O Espírito Santo é Precavido...”.
A indicação de um papa brasileiro deixaria uma
sequela terrível e de custosa reparação:
o sequestro de Sua Santidade como troféu político. O Planalto se apropriaria gulosamente
da eleição do cardeal brasileiro – Nunca
antes na história deste país houve um papa brasileiro ! Deus, através do Conclave,
mostrou que apoia o Governo !
Muito, bem,
o Espírito Santo – que diz aos cardeais quem deve ser o papa – nos
livrou desse vexame. Agora, a mídia incensa Francisco I, alvitrando que ele – pelo
seu ar simples de gestos brandos e singelos
falares – vai mudar a face de Roma. Pode ser; mas não
acredito nisso. Já ele próprio se dissera, segundo a imprensa italiana, contra divórcios,
uniões homoafetivas, ordenação de mulheres, aborto, contracepção e uso de preservativos,
por exemplo. Para quem é refratário a dogmas e não segue éditos religiosos, tanto
faz como tanto fez. Mas os alinhados que (apesar de alinhados) clamam por
mudanças, estes devem se precatar; sua esperança
festiva pode desaguar num poço de decepções.
Seja
como for, me agrada o jeitão de Francisco I. Acho que Sua Santidade leva a
palma do bom pastor: sagaz, dedicado, paciente e bem intencionado, mas que sabe
ser duro. Ele, quando em Buenos Aires, não teve medo de, com dureza e severidade, encarar de frente
a equivocada Viúva Kirchner – a de milongueras pretensiones. Só por essa coragem ele
merece aplausos. E mereceria apoteótica aclamação mundial se mostrasse a mesma coragem para revelar o conteúdo do dossiê secreto de Bento XVI, que versa as falcatruas financeiras e as cirandinhas homossexuais do Vaticano.
É onde eu
te falo...
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