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quarta-feira, 21 de agosto de 2013

ACREDITE, SE QUISER ...

















Conheci a Dra. Betidêivis da Silva ao tempo em que    como já relatei no meu blog  éondeeutefalo    servi  na Legião Estrangeira como corneteiro do Forte  Mon Trésor sob o comando do Capitão Valery Giscard D’Estaing. Quando o forte foi sitiado por tuaregues furiosos, Monsieur  Le Capitain se evadiu disfarçado de camelo e foi ser presidente da França. Como a guarnição se compunha do comandante e do corneteiro, fui o último a abandonar  Mon Trésor antes da sua derrocada, sob o conveniente disfarce de monte de areia.
Dali fui ter ao Hedjaz, onde zanzei por dois anos como adivinho e ledor de sortes, no que granjeei relativa fama como sabedor das artes divinatórias. Um dia fui chamado a ler a mão de uma houri loura e gorda acampada na orla do Nefud. Tratava-se da Dra. Betidêivis, astrônoma e cientista quântica da NASA. Com aparelhos complicadíssimos e cartas celestes indecifráveis, ela pesquisava o paradeiro do que ela chamou de “galáxia perdida”. O Nefud é, segundo me disse, um ponto de rara concentração de forças intergaláticas, donde a sua presença ali.
                Para resumir, li a sorte da doutora e lhe vaticinei um carreiro de formosas descobertas. Ficamos amigos e fomos nos reencontrar anos depois numa galeria de arte em Bruges. Perguntei-lhe pela galáxia perdida. - Estou quase descobrindo o seu rumo; mas onde fica, exatamente, acho que isso só se saberá daqui a uns dez mil anos, ela disse. Fiquei perplexo. Como? Que coisa doida era aquela? Betidêivis me explicou: a distância dessa galáxia relativamente à nossa é tão grande, tão incalculável, que se pode avaliar um milionésimo dela  em novecentos zilhões e oitocentos setilhões de anos-luz. A raça humana não o tem capacidade de conceber tão extraordinário espaço; nossos conceitos são ainda rudimentares para tanto...
Bom, o tempo passou. Faz dias, recebi, através de portador, uma carta em que a Dra. Betidêivis da Silva me revelou sua grande descoberta; ou melhor, descobertas: onde fica, ainda é um mistério insondável, mas ela pode afirmar, com forte base científica, que a galáxia perdida é justamente, como ela achava mas guardara para si, a famosa Shi-Kan-A, relatada em manuscrito de 15.000 AC, encontrado nas cercanias da hoje Port Said. Betdêivis chegou a situar um planeta mais ou menos habitável dessa galáxia, que ela teve a honra de batizar: chamou-o Planeta Fudsky.
As maiores surpresas estavam por vir. Em Fudsky existe o que, com certa boa vontade, se poderia dizer vida inteligente. Além disso    prodígio dos prodígios!  – um  ser daquele planeta está no... Brasil !!! Embora a séria desconfiança de que possa haver outros, este exemplar é perfeitamente identificável. É um tipo de androide macilento, tem jeito de encantador de serpente, usa capa preta, tem olhinhos de calango e um sorriso de gelar o sangue. Um tipo tão raro, e valioso, quanto (palavras dela) uma nota de 111 dólares. E mais não disse a grande cientista. Estou à cata do homem de Fudsky. A Dra Betidêivis o classificou como da família dos levandróidysk, autóctone do dito planeta. Quem souber, divulgue.
           
É onde eu te falo...

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