Páginas

quarta-feira, 15 de junho de 2011

O ÉDEN, ADÃO, EVA E O COLIFORME FECAL

Se eu fora um Deus-Criador-Todo-Poderoso, teria, no Sexto dia, povoado o Planeta com seres sem necessidade de comer para viver. Como? - perguntam. Não sei! - respondo. E não sei por me faltarem a capacidade criadora e o dom da onipotência. Entretanto, para quem é dotado desses prodígios, a solução teria sido tão fácil quanto é, para mim, beber um  Don Perignon e mastigar um pote de Beluga - com torradinhas brandas, é claro.
Mas, não. Preferiu-se criar esses seres rudimentares - como tais cheios de necessidades - que atendem por Seres Humanos. A princípio imaginei que o Criador, nos seus altos os, decidiu que para ser “humana” a criação do Sexto Dia deveria lutar para não morrer, caçando, matando e comendo. Depois atinei que essa hipótese batia de frente com o dogma do Éden, onde o primeiro casal não precisava desses esforços; a menos que Adão e Eva tivessem sido planejados para prescindir desses esforços, e foram modificados para se submeterem a eles após da transgressão da macieira. Por essa alternativa, que considero muito plausível, o Criador teria chamado os comedores da maçã proibida para um recall, impondo-lhes - além do suor de cada dia, das dores do parto e demais penitências - a nada graciosa atividade da evacuação intestinal.
Tudo isso são prognósticos. O que é verdadeiramente indiscutível - e, ao que parece, definitivo - é o postulado fisiológico que enuncia: comeu, cagou. É elementar: para estar vivo é preciso comer; se comer, precisa evacuar – o que determina a inexorabilidade desse moto-contínuo. Ora, nesse constante comer/cagar era fatal que o mundo se afogasse em merda, rejeito intestinal, ao lado da também contínua produção de merdas não orgânicas, como pedofilia, roubo de dinheiro público, venda e consumo de drogas, etc. É verdade que essas mazelas não são derivadas da atividade excretora, mas o que se esperaria de seres tão mal arrumados senão um desfiar constante de vilipêndios e malfeitos?
Então, é lícito supor que o Criador, desiludido com o casal inicial, reesculpiu esses protótipos, dotando-os de uma qualidade que originariamente não tinham, qual seja, a de portadores da permanente necessidade de cagar no mundo. E a produção de massa fecal é, obviamente, tão grande que faz crer que o Criador impôs à sua Criação o dom, ou o castigo, de pisar e se envenenar com a própria m... quero dizer, com a própria excreção.
Portanto, não se queixem da podriqueira que grassa nas casas-de-pasto-a-quilo, onde, a julgar pelas revelações da Imprensa, os alimentos são deliciosamente temperados, além dos condimentos normais, com vastas pitadas de coliforme fecal. E estejam certos de que esse desastre alimentício vai acompanhar a Humanidade até o fim dos tempos.
Nem adianta o paliativo de lavar as mãos e esfregá-las com álcool gelificado; roupas e objetos sempre estarão impregnados desse indesejável coliforme. Ou seja, até o Dia do Juízo, quando o Planeta estará livre da raça humana, os homens estão destinados a comer a merda-nossa-de-cada-dia. Daí resulta um outro postulado, tão inflexível quanto o de Euclides: fazer merda e comê-la, não é apenas da contingência humana no atual estágio evolutivo, mas uma imposição divina.  
                Fazer o quê?   
                
               É onde eu te falo......

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Caso queira, faça contato direto por email: rubens2instancia@hotmail.com