Na
adolescência me encantei com a História dos Povos Antigos; lia, cada vez mais
encantado, tudo que sobre o assunto me caía nas mãos. Não demorou, verifiquei
que dentre esses povos são raros os que não guardam na sua tradição uma
catástrofe pluvial de proporções gigantescas – a mesma que, egoisticamente
apropriada pelos hebreus como exclusividade do povo de Abrahão, passou a se
chamar Dilúvio. Por coincidência, todas as narrativas, falam de um construtor
naval, de um navio descomunal, de gentes e bichos que nele se refugiaram e se
salvaram, e da extinção da vida humana e animal no mundo.
Não vou me deter sobre o tema; quem se
interessar que investigue, pois sobram referências documentais, até gravações
em pedra, que narram esse tenebroso destempero pluvial na Antiguidade, em
diversas latitudes e regiões. Curiosamente, todos esses eventos são anteriores à
época de Noé, o armador judeu.
O assunto diz com uma
estranha ligação entre a maioria das religiões, com tantos pontos de convergência
que parecem ser uma irmã da outra. É claro que, dada a minha formação, me
faltam elementos e autoridade para estabelecer uma certeza, mas um sininho
bate na minha cabeça; e ainda não encontrei quem, a poder de argumentos sérios,
lhe quietasse o badalo. Já não falo da pomba e do cordeiro que o Cristianismo adotou
como símbolos e parecem herança religiosa do Egito Antigo. Também não me refiro
à auréola de ouro dos santos católicos, a mesma que já há três mil anos a.C. figurava
sobre a cabeça de Rama Chandra ou apenas Rama, uma das encarnações de Vishnu.
Refiro-me a coisas muito mais inquietantes.
Desengane-se quem, numa avaliação
superficial e rasteira me queira ver como inimigo do Catolicismo. Não sou,
como, de resto, de qualquer religião. Não professo qualquer doutrina religiosa,
mas não as combato; nem me permito tratá-las com desrespeito. As crenças das
pessoas são sagradas. Não sou muçulmano, mas se entro num templo islâmico,
faço-o debaixo das prescrições rituais porque ali é, mesmo para um não adepto,
um local sagrado. Não freqüento as missas, mas quando preciso assisti-las, ajo
como um católico devoto, inda que copiando tudo o que fazem os verdadeiros fiéis.
É questão de civilidade; e de respeito às crenças.
Portanto, fico à vontade para
considerar o insólito paralelo entre Horus, o egípcio e Cristo, o judeu. Ô quê! Ficou doido? Similaridades entre Horus e Cristo? Ah, não! Você
endoidou de vez! – dirão alguns. Você
é discípulo do Demônio! – outros dirão. Herege!
– alguém gritará. Anátema - outros
gritarão. Podem
os rasteiros superficiais falar, ou gritar, o que
quiserem; apesar deles consta que
*Horus nasceu
da Virgem Ísis; Cristo de Maria Virgem.
*Horus foi
considerado menino prodígio; Cristo também.
*Horus andou
sobre as águas; também Cristo.
*Horus foi
batizado no rio; Cristo igualmente.
*Horus andava
com doze discípulos; também eram doze os de Cristo.
*Horus
ressuscitou El Azar; Cristo ressuscitou Lázaro.*Horus foi traído por seu discípulo Tífon; Jesus pelo apóstolo Judas.
*Horus foi condenado à crucifixão; Cristo também.
*Horus foi chamado “Deus dos Egípcios”; Cristo de “Rei dos Judeus”.
*Horus, morto na cruz, ressuscitou três dias depois; como Cristo.
*Horus se dizia “o caminho, a verdade e a vida”; palavras de Cristo.
Coincidências? Não sei. Mas são
coisas que fazem pensar. Principalmente porque a lenda de Horus, filho de Ísis,
mulher de Osíris, já era velha cerca de 3.000 anos do nascimento de Cristo.
Trem doido, isso. Certo estava quem se referiu àquilo que a “nossa vã
filosofia” nem pode supor. Inquieta, né?
É onde eu te falo...
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Caso queira, faça contato direto por email: rubens2instancia@hotmail.com