Cena 1
Filho preguiçoso,
pai severo e o de sempre: - Não quer estudar? Pois vai trabalhar e ver como a
vida é dura! E corre ao político influente, a quem pede emprego para o malandro.
- Serve o de assessor?
- Qualquer
coisa serve.
- Bom,
tenho para Assessor de Caça à Raposa;
quinze mil por mês.
- Nem vê ! É
muito. Depois, acho que nem na Inglaterra se caça raposa hoje em dia; e quero
que o meu filho trabalhe, mesmo.
- Assessor
de Tiro, treze mil.
- Ficou
doido? Meu filho nem sabe atirar e eu não quero vê-lo matando pessoas.
- Não, sô...
Ele não vai matar gente; eu é que jogo videogame, ali na televisão; aquele onde o mocinho tem que matar os bandidos... O assessor
conta os meus pontos; é um campeonato entre amigos do happy hour.
- Não
serve. Salário muito alto pra ficar o dia inteiro na frente da televisão; quero
que o meu filho molhe a camisa.
- Assessor
Musical, 10 mil.
- Salário muito elevado pra ele. Aí é que ele não vai querer estudar... E meu filho
não distingue sol maior de fá menor.
- Não
precisa; é só colocar o cd ali no aparelho.
- Ainda é muito dinheiro pra ele; e
quero coisa pra ele trabalhar de verdade.
- Assessor
de Farelo, 8 mil.
- O que
esse assessor faz?
- Escova
meu paletó antes das sessões pra tirar ali uma ou outra caspinha que fica na
gola.
- Ainda é muito dinheiro... e ele
precisa é de trabalhar, no arrocho, que é pra aprender.
- É, tá
difícil. Você é muito exigente.
- Não sou;
só quero o meu filho trabalhando como gente normal; e com salário baixo... aí por
volta de R$ 500, R$ 700, no
máximo.
- Só essa merreca?
-
É. É isso; e com horário ali, controlado no ponto.
- Não posso
ajudá-lo. Nesse teto só tem pra professor e seu filho não tem curso superior.
Cena
2
Tenho o vídeo, que recebi por e-mail. Para selecionada plateia
de amarra-cachorros e outros energúmenos, Lula explica, cientificamente, a razão dos destemperos climáticos.
Em formosa alocução, no mais puro caçanje lulístico, ele informa: “Freud já
dizia que tem coisa que os home não consegue dominá, como as intempere. Não dá pra
controlá a natureza. E num consegue controlá porque o mundo é redondo. Se fosse quadrado
ou retangular num existia as tal de intempere”. E prossegue: “Já que o mundo é
redondo, ele roda e quando roda nós aqui passa lá em baixo, depois passa lá em
cima, a gente vira pros lado e vai assim. Qué dizê, nós acaba passando onde
fica as intempere. Num tem jeito de controlá isso não".
Terminada essa
brilhante conferência, a selecionada plateia incha as mãos em calorosos aplausos.
É onde eu
te falo...
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