Deu nos
jornais de hoje: gênios políticos querem que Dona Dilma construa uma nova
embaixada do Brasil em Cuba. Justificativa desse formoso plano: era aspiração
antiga de Niemeyer, que já em 1953 desenhara o respectivo projeto, em religiosa
homenagem à memória do Santo Josef
Stalin. Assim e como o arquiteto morreu sem ver o seu sonho realizado, é
digno e justo que o povo brasileiro enfrente os custos desse mimoso troféu à
ditadura de Castro – o governo mais democrático da História do Planeta.
Para uma
nação milionária que tem caixa para presentear Evo Morales com um formidável
complexo pago pela Petrobrás, realizar o sonho do Dr. Oscar é uma atitude tão
prosaica quanto beber um copo de água. Como se diz vulgarmente, é despesa que
“sai na urina”. E mesmo que não saia, a edificação de uma curvilínea embaixada
em Havana muito contribuirá para a evolução da Humanidade. E os gênios poderão
dizer, parodiando Cecília Meirelles, “o mundo ficou muito melhor depois dessa
obra”. Que... obra!
Mas, vá-se
desenganando quem supõe que vai ficar só nisso. De fonte certa, ouvi que o
andaço de presentear os chamados alinhados permanece exacerbado: além da embaixada de Havana, os mesmos gênios querem
tirar da gaveta mais dois (na verdade, quatro) sonhos e projetos arquitetônicos
de raras curvidades, a saber:
a) um SPA 50 estrelas, em Buenos
Ayres, onde Cristina Kirshner tentará conter o galope das suas muxibas, já
inescondíveis;
a’) um Salão Grená privativo da
presidente argentina, que, já embonecada, poderá rebolar na coreografia feroz
de suas “milongueras pretenciones”, com direito a Gardel e Piazzola.
b) um apocalíptico complexo de
piscicultura, em Caracas, só de peixes de carne branca, para suprir a pantagruélica
mesa de Hugo Chaves com toneladas diárias de ceviche;
b’) um “cebolal” de dez mil
hectares, para suficiente produção das cebolas que vão temperar o ceviche do
glutão, pois não se faz esse prato venezuelano sem bastante cebola, que é para
o conveniente estímulo dos flatos .
Esses quatro empreendimentos –
todos arredondados em vastas parálobas, ogivas e elípses - correrão à conta do
Tesouro Brasileiro, da demarcação dos terrenos aos custos de pessoal e aos
almoxarifados. O que não é demasia alguma, se a contrapartida é a realização de
velhos sonhos ideológicos. Depois, vêm com as costumeiras arengas: falta
dinheiro praísso, falta dinheiro praquilo e pranunseiquemais. Como se vê, o Brasil ainda é o campeão quando se
trata de estabelecer as prioridades corretas.
É onde eu te falo...
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