Se
eu fora um Deus-Criador-Todo-Poderoso, teria, no Sexto dia, povoado o
Planeta com seres sem necessidade de comer para viver. Como? -
perguntam. Não sei! - respondo. E não sei por me faltarem a capacidade
criadora e o dom da onipotência. Entretanto, para quem é dotado desses
prodígios, a solução teria sido tão fácil quanto é, para mim, beber um Don Perignon e mastigar um pote de Beluga - com torradinhas brandas, é claro.
Mas,
não. Preferiu-se criar esses seres rudimentares - como tais cheios de
necessidades - que atendem por Seres Humanos. A princípio imaginei que o
Criador, nos seus altos os, decidiu que para ser “humana” a criação do
Sexto Dia deveria lutar para não morrer, caçando, matando e comendo.
Depois atinei que essa hipótese batia de frente com o dogma do Éden,
onde o primeiro casal não precisava desses esforços; a menos que Adão e
Eva tivessem sido planejados para prescindir desses esforços, e foram
modificados para se submeterem a eles após da transgressão da macieira.
Por essa alternativa, que considero muito plausível, o Criador teria
chamado os comedores da maçã proibida para um recall,
impondo-lhes - além do suor de cada dia, das dores do parto e demais
penitências - a nada graciosa atividade da evacuação intestinal.
Tudo
isso são prognósticos. O que é verdadeiramente indiscutível - e, ao que
parece, definitivo - é o postulado fisiológico que enuncia: comeu,
cagou. É elementar: para estar vivo é preciso comer; se comer, precisa
evacuar – o que determina a inexorabilidade desse moto-contínuo. Ora,
nesse constante comer/cagar era fatal que o mundo se afogasse em merda,
rejeito intestinal, ao lado da também contínua produção de merdas não
orgânicas, como pedofilia, roubo de dinheiro público, venda e consumo de
drogas, etc. É verdade que essas mazelas não são derivadas da atividade
excretora, mas o que se esperaria de seres tão mal arrumados senão um
desfiar constante de vilipêndios e malfeitos?
Então,
é lícito supor que o Criador, desiludido com o casal inicial,
reesculpiu esses protótipos, dotando-os de uma qualidade que
originariamente não tinham, qual seja, a de portadores da permanente
necessidade de cagar no mundo. E a produção de massa fecal é,
obviamente, tão grande que faz crer que o Criador impôs à sua Criação o
dom, ou o castigo, de pisar e se envenenar com a própria m... quero
dizer, com a própria excreção.
Portanto,
não se queixem da podriqueira que grassa nas casas-de-pasto-a-quilo,
onde, a julgar pelas revelações da Imprensa, os alimentos são
deliciosamente temperados, além dos condimentos normais, com vastas
pitadas de coliforme fecal. E estejam certos de que esse desastre
alimentício vai acompanhar a Humanidade até o fim dos tempos.
Nem
adianta o paliativo de lavar as mãos e esfregá-las com álcool
gelificado; roupas e objetos sempre estarão impregnados desse
indesejável coliforme. Ou seja, até o Dia do Juízo, quando o Planeta
estará livre da raça humana, os homens estão destinados a comer a
merda-nossa-de-cada-dia. Daí resulta um outro postulado, tão inflexível
quanto o de Euclides: fazer merda e comê-la, não é apenas da
contingência humana no atual estágio evolutivo, mas uma imposição
divina.
Fazer o quê?
É onde eu te falo......
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