Em Cremona, ali pelos Séculos XVII/XVIII,
fabricavam-se os violinos que levam o selo de uma família ilustre: Guarneri. Hoje um Guarnerius (nome latinizado) vale
milhões.
Pois viajava eu pelo Google à cata dessa ifamília de luthiers, quando tive a infelicidade de
encarar um sujeito nada ilustre: um tal
Gianfrancesco Guarnieri. A semelhança dos sobrenomes deve ter sido a causa da
náusea que me veio. Há anos detesto esse elemento. E conto a razão disso.
Aconteceu faz tempo. Acabava de sair a primeira, talvez a segunda, edição da revista Marie Clair (nem sei se ainda existe) que eu folheava à esmo num salão de cabeleireiro. Nem pude cortar o cabelo; tive uma crise de vômito. A causa disso foi, além do sentimento de repugnância, a indignação: era o elemento em questão afirmando que chorara copiosamente quando morreu Josef Stalin, o rato-de-esgoto do Kremlin !!!
O tal elemento, segundo a revista, era grande ator/diretor, além de poeta. Poeta... No meu tempo
de ginásio conheci grandes artistas, inclusive poetas – que, enquanto se desoneravam, escreviam
formosas trovas nas portas das privadas:
Você que só caga fora,
Por
que que não caga dentro?
Você
tem a bunda torta
Ou o
cu fora-de-centro?
Ah, que
primor!
A ousadia de jogar pelas ondas de
Hertz tão mimosa trova é nada comparada à do tal ator/diretor/poeta que, num
assomo de ódio, resolveu insultar a Humanidade ao apregoar a sua tristeza pela
morte de um suíno hidrófobo, a besta comunista que matou mais russos do que
Hitler matou judeus - fato que certas
falanges fazem questão de não saber. E, no entanto, esse elemento chorou. Chorou,
gente! Verteu cascatas de pranto convulsivo no auge de suspiroso orgasmo ideológico. Pra quem gosta, um prato feito...
Ainda estão por aí alguns
filhotes da besta russa; uns arrastando os pés no rumo da cova, outros esperando a extrema unção com o caixão ao lado,
outros enfedecendo o Planeta com seus focinhos arreganhados e suas tiradas simiescas. A sorte do mundo é que nenhum deles
vai durar para sempre; vão todos pro sac... quero dizer, pra tumba, pra baixo da terra.
É... A terra tem consumido muita podridão, tadinha.
É onde eu te falo...
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