A) Dona Tereza Cruvinel, se não está devastada nas agonias de um climatério enfezado, surtou de vez. Na esmagadora opinião da comunidade mundial Hugo Chavez é nada além de um reles ditador, qualificação que a dita senhora, no “Estado de Minas” de ontem, contesta com uma pérola mal costurada: segundo ela, o açodado venezuelano não é ditador, já que ele sempre governou dentro da “ institucionalidade existente ” !!!
Institucionalidade
existente... Para não usar uma locução interjetiva de caçanje, digamos:
- Papagaio!
Dona Tereza finge ignorar que a “institucionalidade
venezuelana” foi arranjada conforme a vontade do próprio Chávez, cujos maiores
predicamentos – além da feiúra extrema – são a arrogância e a velha prepotência
bolchevista. Ora, faça-me o favor! Então, o sujeito arruma a golpes de foice
uma “institucionalidade” deformada, que impõe à nação a golpes de martelo e, se governar dentro dessa institucionalidade
não pode ser considerado ditador... Ô dona Cruvinel, tem dó, né?
O verme Stalin tinha lá, também ele, a sua
institucionalidade; o sifilítico Hitler, igualmente; os ferozes Videla e Pinochet, idem;
até Castro, o das gosmas caquéticas, impôs a Cuba a sua... institucionalidade.
Portanto, o que vale ter em mente são as características da
institucionalidade. Na matilha de lobos, como entre as hienas, mesmo na
tribo dos macacos de Tarzan, há uma.
Viu o que faz a diferença, Dona Tereza?
Segue-se, pois: é pura falácia a sua informação
de que “a democracia venezuelana” está aparelhada para enfrentar bem o
desaparecimento de Chavez. Que democracia, madame?
B) Quando Roberto Jefferson pôs a boca no trombone e divulgou o “mensalão”,
a guarda pretoriana do Governo se eriçou no Congresso. E os parlamentares –
envolvidos ou coniventes – esgoelaram diatribes e maldições, não somente contra
a oposição impassível, mas contra qualquer brasileiro naturalmente estupefato
diante das safadezas até então escondidas no fundo da Geena Brasiliensis. Eles achavam que o só fato de assuntar sobre a
inteireza moral do Governo era justa razão de insultar o duvidador.
Naqueles dias escuros, que uma oposição vadia, ou de
rabo preso, tornou trevosos, um dos oradores mais candentes na negativa de
trapaça entre Executivo e Parlamento era Roberto Saturnino Braga. Com um
colarinho três números acima e, supõe-se, sem Corega na dentadura, ele, entre
nuvens de perdigotos, berrava como se atacado por mil escorpiões: “É tudo uma
deslavada mentira! Não somos nefelibatas!”
Pedi socorro ao Aurélio. Nefelibata... Ora, essa! Quem vive
nas nuvens está lá em cima; no fundo da latrina, lá em baixo, não há mesmo
nenhum... nefelibata.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Caso queira, faça contato direto por email: rubens2instancia@hotmail.com