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sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Gente, óia nóis aqui!


Pois é. Presidente da República vem a Belo Horizonte. A autoridade visitante e a autoridade anfitriã não sabem disso, e talvez nem liguem ao saber, mas são amaldiçoadas milhões de vezes. Por quê?

Porque a cidade vira um merdeiro só. Engarrafamentos quilométricos, brigas em profusão, vida infernizada, prejuízos, compromissos descumpridos, adrenalina aos baldes e outros vitupérios são o primeiro resultado dessas visitas, que bem poderiam ser feitas sem o alarde entojado que cerca esses eventos.

A questão é: por que o governador tem que receber a autoridade federal no Palácio da Liberdade, no coração da cidade? Pombas! Ele tem o Palácio das Mangabeiras, um lugar inexpugnável; tem a Cidade Administrativa que o outro deu na sapituca de construir lá nos confins; tem à sua disposição brigadas de guardiões armados; e tem helicópteros à vontade para transitar pelos ares, sem transformar a vida da Capital num flagelo.

Mas, não. Parece que um e outro precisam do “saibam todos”: “Gente, eu vim falar com os mineiros! Gente, o Governo Federal veio me ver!”

Ora, façam-me o favor, senhores! Que coisa mais infantil e desnecessária, que antipatia! Um pouco de discrição e de tenência faz bem a todos os mortais. Ou eles acham que não o são? De todo modo, é bom precatar. Os antigos dizem que é bom não facilitar: maldição por atacado é um caso sério.

Depois o sujeito pega um trem bravo aí, e não sabe por quê. Não, né?

É onde eu te falo...

Um comentário:

  1. Realmente, é sempre assim: uma visitinha de autoridade, tipo pé lá outro cá, é suficiente para a cidade virar um pandemônio.

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