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segunda-feira, 5 de setembro de 2011

E vai rolar a festa... Novamente


Muhamar Kadafi foi pro sa..., ou melhor, foi pro espaço. E já foi tarde. Quando se entronizou no governo da Líbia, há séculos, era um prisma; tinha três faces, a saber: numa, era o dodói da mídia, porque dava solenes bananas para o Tio Sam; na outra, era a causa das endechas de quarentona mal amadas, que o achavam charmoso; na terceira, era o ditador vulgar, porque é esse, necessariamente, o perfil de quem toma o poder pela força e por ela se mete a governar.

Estou sabendo que, como o coronel sumiu e não se sabe o rumo que as coisas tomarão, os jornais já têm engatilhadas três manchetes: “KADAFI  ENCONTRADO COM A BOCA CHEIA DE FORMIGA”; “DITADOR LÍBIO SE PASSAVA POR CAMELO”; “CORONEL KADAFI TEM HOSPEDAGEM CINCO ESTRELAS EM CARACAS”.   

Para mostrar que as coisas aparentes no mais das vezes não dizem a verdade, agora se sabe que: a) Kadaffi "era assim c’os home" da CIA; b) o charme que lhe creditavam secou nas gretas de um rosto chupado; c) da basófia tipo “eu prendo e arrebento” sobraram flatos. O Coronel é somente um trapo. 

Tem gente que não acredita, mas, de esquerda ou de direita, descaradas ou mascaradas, as ditaduras não são como os diamantes. Diamantes, afirmava Mr. 007-Bond, são eternos. Ditadores têm o destino do alimento que se consome hoje: amanhã são apenas... cocô.

Quando abro os jornais, minha primeira visita é ao noticiário internacional. Sempre há um ditador em via de estrebuchar. Inda ontem me lembrei de um tal Ceausescu (acho que era isso),  esganado diante das câmeras de TV. O Muro de Berlim acabou em areia; Pinochet, numa cadeira de rodas, virou um mar de baba pingando na gravata mal colocada. Videla, confinado numa Spandau argentina, se morreu não faz falta; Castro anda muito parecido com a múmia de Ramsés II e não apita nem pelada de bola de meia.

O mal é que a dança das ditaduras não muda: a de esquerda é substituída por uma de direita, que se substitui por outra de esquerda, que dá lugar a uma de direita, que... E continua o baile. Basta olhar a História. É só uma questão de tempo. Ditadura é apenas dita; não dura. Por isso é que o Prisma Kadafi tomou o formato de uma grande bolacha mole; como aquelas que as vacas deixam nas suas passadas.

É onde eu te falo...

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